Quanto pode valer, ao fim de suave entardecer, uma cantata do “Salve Regina” na escadaria do acesso principal ao Santuário da Mãe de Aparecida? Cantada em latim? Improvisada, talvez, porque não antecedida de treinamento, mas regida pelo maestro Clarindo e executada sob o manto da experiência da formação redentorista, agora irmanada no seio das famílias que constituíram os antigos seminaristas do Santo Afonso, Pedrinha, Sacramento, Tietê, dentre outras casas do tempo de seminário? Ah, hão de concordar, não tem preço! Ainda não estão certos disso? Vejam a mídia gravada. Ouçam o hino de súplica pela advocacia da Mãe Misericordiosa, a que nos conduza ao Filho Redentor. Fechem os olhos e sonhem, em especial os que não puderam estar presentes ao XXVI ENESER. E se verão contemplados pelas graças que Jesus amoroso nos distribui no cotidiano, ante os reclamos da Mãe do Perpétuo Socorro e Aparecida: Redentoristas que somos, para todo o sempre, acrescidos com nossas esposas, filhos e familiares, um Encontro anual na cidade, seminário e Santuário de Aparecida é dádiva divina, é espiritualização, é reconciliação, é fraternidade, é paz! E assim o foi neste Encontro de Aparecida. Com seminaristas das décadas de 60, 70, 80 e mesmo mais recentes, com a abençoada renovação de membros da União dos Ex-seminaristas – UNESER, meta que se busca incentivar. Verdade, sim, que o prédio do Santo Afonso, em obras, não se fez dormitório ou refeitório, nem emprestou as áreas de lazer ao Encontro. Mas o importante é que tivemos acesso à capela. Que, acrescida apenas de pintura nova, estava tal qual eu a deixara na minha saída do seminário, há 58 anos. E não se fez, assim, menos intenso o fervor renovado na celebração da missa conduzida pelo Padre José Marques e Diácono Adilson Cunha. Mas não foi só: o Auditório era exatamente o mesmo do tempo de formação. As mesmas cadeiras, o mesmo palco. E nele pude ouvir uma das palestras mais envolventes de toda minha vida, agora na voz de um teólogo e professor, a afirmar em tom coloquial: “E se eu tivesse continuado?… E se eu fosse padre?…” Não sem razão, um dos pontos mais relevantes do Encontro foi a palestra do Professor Sérgio Ribaric… De outro lado, discutiu-se com propriedade a forma e incentivos às atividades missionárias no meio leigo, em nossas paróquias e comunidades, inclusive na preparação da programada “Missão Virtual”. Outrossim, os organizadores do evento não mediram esforços: a estadia na pousada contratada foi agradável. As preces antes das refeições e a abordagem dos temas foram incentivos à espiritualidade, à convivência, à fraternidade. Nesse sentido, emocionante o relato dos colegas que se deslocaram até o Potim, em visita a alguns formadores do tempo do Santo Afonso, como os Padres Pelaquim, Peixoto e Pacheco. Por sinal, o “Pachequinho” foi um dos concelebrantes da missa do sábado no Santuário. E logo depois disso, em momento da convivência, passado todo esse tempo, reconheceu-me…. não pelo visual… e sim… pelo apelido do tempo de seminário. E emoção também não faltou na ida ao Hospital Frei Galvão, na visita ao colega que não pode comparecer ao Encontro por estar sob cuidados médicos severos… Enfim, o XXVI ENESER cumpriu o intento: promover o encontro dos amigos e colegas do seminário, agora com suas famílias. E manter acesa a luz da espiritualidade e o brilho em nossos olhos, desde os tempos da formação redentorista.
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