Idealizado pelo nosso colega “Paraquedas” quase em tom de brincadeira – mais uma entre tantas que ele costuma fazer – o X ENCONTRO DE EX-ALUNOS DA AMAZÔNIA tornou-se realidade graças à confiança que cerca de 20 colegas depositaram nele, e graças também a um pequena comissão organizadora que, capitaneada por ele próprio, fez o possível e o impossível para que, no período de 22 a 26 de setembro último, quase 50 pessoas, entre ex-seminaristas, familiares, e convidados, passássemos 3 dias e 4 noites de muita alegria e confraternização em um antigo hotel à beira do Atlântico, na bela praia do Farol Velho, distrito de Atalaia, em Salinópolis/PA, município mais conhecido como Salinas.
O X ENCONTRO, na realidade, foi um REENCONTRO, uma vez que, por obra da malsinada pandemia do Coronavírus, já estávamos há 2 anos sem realizar nossos encontros anuais no formato totalmente presencial.
Se a ideia do evento ser realizado em Salinas surgiu quase em tom de brincadeira, o seu planejamento e sua execução exigiram muita seriedade e muito empenho da comissão organizadora que, formada por voluntários, teve muito trabalho durante o ano de 2022, para torná-lo realidade.
Superando as dificuldades de planejamento características de um evento desse porte, a comissão deu mostras de seu empenho e de sua boa vontade já nos 2 dias que antecederam seu início, tendo conseguido recepcionar no aeroporto de Belém quase todos os participantes do encontro, não importando a hora em que chegavam os vôos que os traziam. Outra mostra do empenho da equipe organizadora foi conseguir hospedar todos os participantes no mesmo hotel em que o encontro foi realizado, bem como o aluguel de um ônibus, para que todos fizéssemos, juntos, o trajeto de ida e volta entre Belém e Salinas, num total de quase 400 quilômetros. Ressalte-se que o hotel ficou, praticamente, reservado só para nós, encontristas, inclusive com a cozinha colocada à nossa disposição. Isso tudo aconteceu graças às articulações conduzidas pelo Tugval, que se revelou um bom negociador, fazendo jus ao apelido de “O Danado do 40”…
Previsto pra iniciar com um jantar no hotel na noite do dia 22, o X ENCONTRO começou, na verdade, ainda na tarde daquele dia, com a visita que fizemos ao prédio onde, de 1963 a 1973, funcionou o nosso seminário Santíssimo Redentor, e onde hoje funciona uma escola agrotécnica do estado do Pará. Ali naquele prédio, que ainda conserva em sua parede frontal uma grande imagem do Santíssimo Redentor, (foto) os cerca de 15 encontristas que lá estudamos nos anos 60/70 pudemos rever e reviver, com muita emoção, lugares e situações que marcaram para sempre nossa infância, adolescência e juventude.
Já de noite, tivemos a abertura oficial do evento no próprio hotel, com as palavras de boas-vindas do nosso anfitrião Paraquedas, e com os pronunciamentos do Côrtez, atual presidente da UNESER, e do padre Toninho, nosso ilustre e querido convidado, que abençoou o jantar de abertura e o evento como um todo. E, por falar em “presidente da UNESER” e em “ilustre e querido convidado”, há que se ressaltar que nosso encontro contou, ainda, com a presença de outros dois presidentes da nossa entidade maior: o Staliano e o Foguinho, amigos do peito que, juntamente com outros amigos e familiares, abrilhantaram o X ENCONTRO.
Na manhã de sexta-feira, 23, após momentos de tensão causados pela precariedade do sinal da Internet, e depois da valiosa ajuda técnica do Côrtez, tivemos uma ótima palestra do colega Jomir, feita de maneira remota, mas que despertou muita participação dos encontristas, gerando uma frutífera troca de informações sobre os diversos assuntos apresentados pelo palestrante, englobados no tema A LINHA DA VIDA.
No sábado, 24, tivemos uma outra ótima palestra, proferida dessa vez de forma presencial pela Sônia Peixoto, esposa do colega Tião Peixoto, a qual nos brindou com importantes informações a respeito do tema VOTERNIDADE – VIVÊNCIAS RELACIONAIS, discorrendo sobre as relações entre avós e netos, e despertando muito interesse na grande maioria dos encontristas. Maioria essa que, no dia anterior, já havia participado muito ativamente de uma dinâmica de grupo em que foram moderadores a própria Sônia e o Tião Peixoto, e na qual foi discutido um tema muito interessante, sugerido pela Solange, esposa do Paraquedas: COMO SER FELIZ DEPOIS DOS 60?. Em resposta ao tema/pergunta, foram aventadas, pelos participantes, diversas ideias, entre as quais se destacaram: O CAMINHAR – FÉ – SERVIR – DESCONSTRUÇÃO – DESAPEGO – COMUNHÃO – GRATIDÃO – FAMÍLIA – ESTADO DE ESPÍRITO, e outras menos “votadas”.
Na noite de sábado, revivemos a alegria de participarmos presencialmente – depois de um hiato de 2 anos – daquela “nossa” já conhecida missa, cantada com maestria pelo Evandro, coadjuvado pelo COCA (COral do CArá), e presidida pelo padre Toninho, com aquele seu entusiasmo característico. A missa foi celebrada na igreja do lugarejo, com direito a divulgação em um carro de som que rodou durante o dia pela praia, conclamando os fiéis a “participarem da missa do encontro de ex-seminaristas redentoristas da Amazônia”. Depois da missa, aconteceu um “jantar musical” durante o qual foram entregues troféus de agradecimento aos palestrantes, aos organizadores Janse, Tugval e Paraquedas, e ao professor Antônio Carlos Trindade de Moraes, nosso mestre de Português no final dos anos 60 e início dos 70, homenageado especialmente por vários de seus ex-alunos ali presentes, aos quais já havia proferido uma interessante palestra sobre o tema O BINÔMIO INTEGRAL: FAMÍLIA E ESCOLA.
A cantoria estava bonita e tudo sinalizava que a mesma “iria longe”, mas uma queda na energia elétrica atrapalhou a brincadeira, obrigando todos a nos recolhermos mais cedo, para a tristeza dos que amamos uma boa música, uma “loura suada”, e a companhia de bons amigos.
Na manhã de domingo tivemos a missa de encerramento no próprio hotel, seguida dos “Parabéns a você” pro Careca que estava aniversariando, e o resto do dia livre, para irmos já “desaquecendo os motores”, e voltarmos para Belém na segunda-feira de manhã cedo, depois de termos participado daquele que foi considerado por muitos dos participantes como “o melhor de todos os encontros”, o que nos servirá de estímulo para tornarmos ainda melhor o XI ENCONTRO, escolhido pelos presentes para ser realizado em Manaus, na chamada “Semana da Pátria”. Que assim seja!
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