“Os passarinhos de rua pousaram todos na sarjeta e, juntos, a troca de experiências, por vezes, assusta.”
Assim começo a escrever mais um noite de sexta-feira, organizando o sagrado alimento com nosso carinho para ofertar aos passarinhos de rua que pousam na sarjeta da Quintino Bocaiúva, lar sagrado, o ninho deles.
Saída prevista para às 21 horas. Chegarmos e não encontramos o Átila. … lembram?
Vários passarinhos, notoriamente, cantavam de alegria aos nos ver. Convidados todos a pousar à beira da calçada onde trocaríamos experiências, ternura nas palavras , louvores ao Pai criador, e início da sagrada, talvez única, ceia deles.
No meio tinha um pássaro que a loucura alivia suas dores e o abandono. Era cuidada por todos. Porém alguns deles estavam alcoolizados ou sob uso de drogas. Quando um deles fez uma brincadeira com ela, reage agredindo com chutes na costa.
Eu, ao lado do pássaro machucado, passei por um momento de dificuldade, porque este tirou uma faca e querendo levantar voo, verbaliza que iria exterminar aquela que há tão pouco tempo a protegia no bando.
Nesse extremo de embate, perguntei se nossa amizade não era importante , pois sempre nos encontramos para dar continuidade a aliança de amizade. Sendo positiva sua resposta, pedi que ficasse ao meu lado e não fizesse nada, pois o perdão agradava a Deus.
Passei o braço pelos ombros dele.
E percebi claramente a presença do Espírito Santo tranquilizador. E a revoada dos passarinhos, assim como a nossa, foi calma.
Fizemos um “pouso” ao longo da avenida Joaquim Nabuco e agradecemos a Deus e a Senhora das Mercês essa outra experiência que ficou tatuada em nossos corações.
PAZ E BEM vencedores!
Dr Miguel, mais um relato de sensibilidade e amor. Deus os ajude.