Quinta feira da Segunda Semana do Tempo Comum. Sigamos em frente com a nossa tarefa de construir um mundo novo, inspirados na força que nos vem da Palavra de Deus. Seguir a Jesus deve ser a meta de todos aqueles e aquelas, que fazem de seu batismo cristão uma adesão firme ao seu projeto de amor. Fazer parte do grupo d’Ele é levar adiante a proposta do Reino que já está no meio de nós, com a mesma convicção que teve o profeta Jeremias ao nos transcrever os anseios de Deus para conosco: “Sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro”. (Jr 29,11) Os tempos de crise e grandes dificuldades são também tempos para buscarmos novas perspectivas, fundamentadas na esperança que não nos decepcionam jamais.
23 de janeiro é a data de nosso calendário em que celebramos O Dia Mundial da Liberdade. Neste, e em todos os dias, devemos nos lembrar que a liberdade é um direito de todos os seres humanos para realizarem as suas próprias escolhas de vida, traçando assim o seu futuro e determinarem as opções que vamos fazendo, ao longo da vida. Liberdade não é o mesmo que fazer o que bem entende, sem levar em consideração que estamos vivendo em sociedade. Assim sendo, o direito vem sempre acompanhado também dos deveres de cada um, como bem entendia o filósofo positivista francês Augusto Comte (1798-1857): “A liberdade é o direito de fazer o próprio dever”. Nenhum de nós vive sozinho no mundo e nem nos realizamos se fecharmos em nosso “pequeno mundo”. Neste sentido, ajuda muito o pensamento do líder espiritual e ativista indiano Mahatma Gandhi (1869-1948): “Só engrandecemos o nosso direito à vida cumprindo o nosso dever de cidadãos do mundo”.
“Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós”, assim cantamos com a Escola de Samba do Rio de Janeiro, a Imperatriz Leopoldinense, em 1989. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), proclamada em 10 de dezembro de 1948, pela Organização das Nações Unidas (ONU), contempla a liberdade no seu Artigo 1.º: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.” Esta Declaração ganhou o mundo como resposta imediata às cruéis atrocidades cometidas nas duas grandes guerras mundiais (I Guerra Mundial – 1914-1918; II Guerra Mundial -1939-1945). Liberdade que te quero minha com o objetivo de chegar à todos e todas nas entrelinhas da vida.
Liberdade que tinha Jesus, como Verbo Encarnado, enviado por Deus, para nos trazer o plano de Deus, com a chegada do seu Reino de justiça e paz. Como podemos ver na continuação do texto de ontem, escrito pelo evangelista Marcos, Jesus dá prosseguimento à sua ação evangelizadora. Desta vez, não mais na sinagoga, ou perto dela, mas se abre para novos horizontes, retirando-se para as margens do mar de Genesaré. Todavia, por mais que Ele se afaste do centro, uma multidão vai ao seu encontro, oriundos, inclusive, das regiões pagãs dos territórios de Tiro e Sidônia. Todos em busca de serem curados de suas enfermidades, já que estavam diante daquele que tinha o poder de curar a todos.
Devemos viver a fé com autenticidade, seguindo a própria consciência e agindo conforme as próprias convicções. Retirar é preciso! Jesus também sabia os momentos em que devia retirar-se, seja para rezar, ou mesmo para não ficar exposto a uma proposta na divulgação de um Reino que não passasse de mera superação das expectativas momentâneas das pessoas pobres e marginalizadas. Ele sabia que toda aquela gente que o procurava, era rejeitada pelas autoridades políticas e religiosas de seu tempo. A esperança daquelas pessoas se chamava Jesus: “foram até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia”. (Mc 3,8)
“Tu és o Filho de Deus!” (Mc 3,11) Conforme o evangelista Marcos, estranhamente, quem faz esta forte revelação não são as pessoas que creem e seguem a Jesus de Nazaré, mas os “espíritos maus”, revelando quem Ele era, diante todos ali presentes. A estratégia de retirada de Jesus não surtiu o efeito desejado, pois a multidão vinha de todos os lugares a procura d’Ele: da Galileia, da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, de todos os lugares. Ele acolhe a todos, mas também toma distância, porque o seu projeto não pode ser substituído por um assistencialismo que só atende às necessidades imediatas. Antes, é preciso destruir pela raiz as estruturas injustas e desiguais daquela sociedade, que produz todo tipo de necessidades na vida do povo sofrido. A missão de Jesus é anunciar e fazer acontecer o Reino de Deus, que Paulo o definiu muito bem quando nos diz: “o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. (Rm 14,17)
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