Os discípulos estavam apreensivos, com o desenrolar dos acontecimentos, e mesmo que não entendessem o curso das coisas, estavam perturbados.
Uma semana antes o Senhor os teria convencido de que algo trágico estava para acontecer. Feitos os preparativos, Jesus se senta com os doze.
Primeiro, celebraram a Páscoa comemorativa da saída do Egito, a morte dos primogênitos egípcios e a salvação dos seus primogênitos (Êxodo 12). Era uma comemoração de alegria e a multidão ia a Jerusalém todos os anos nessa ocasião. Ao terminarem, Jesus então instituiu outra Páscoa, a Sua Ceia.
Jesus identifica o traidor – Marcos 14:18-21
Quando da participação da última Páscoa, já sentados à mesa, o Senhor Jesus resolve indicar quem era o traidor, apressando, ao mesmo tempo, a hora nefanda da traição. Jesus sabia todas as coisas previamente feitas. João relata que naquele momento “…angustiou-se Jesus em espírito…” (João13:21).
Judas, pergunta se era ele, ao que Jesus o confirma, dando-lhe o bocado de pão molhado. O bocado de pão molhado, nas refeições orientais era comum ser entregue pelo dono da casa a um dos seus convidados, como um gesto de amizade especial. Com isto, Jesus estava demonstrando Seu amor pelo traidor. Logo a seguir Judas saiu precipitadamente (João 13:27-30).
E era já noite (João 13:30). – Depois que Judas haver deixado o aposento, Cristo instituiu o que chamamos a Ceia do Senhor, em memória da morte expiatória do Senhor Jesus Cristo – Marcos 14:22-25. Com absoluta simplicidade o Senhor tomou o pão e o abençoou. Partindo o pão Ele representou sua entrega voluntária à morte.
Depois distribuiu-o pelos discípulos, demonstrando que eles dependeriam d’Ele para salvação das almas, dizendo: “Tomai, comei; isto é o meu corpo”. Usando o vinho demonstrou que pelo seu sangue os pecados eram lavados e perdoados. Sangue é vida!
Em seguida, tomando o cálice, deu graças e disse: “Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da aliança, derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados” (Mateus 26:26-29). Assim estes dois elementos completam o sentido, que Jesus quis que fosse compreendido: o da sua morte pelos pecadores.
A Ceia do senhor é um símbolo, não um sacrifício, é um memorial que nos faz pensar no grande amor de nosso Redentor. O apóstolo Paulo, com igual simplicidade, diz clara e terminantemente que o devemos fazer em Sua memória (I Coríntios 11:23-26).
Contenda entre os discípulos- Lucas 22:24-30
De um momento para o outro surgem situações inesperadas. Quando o pensamento dos discípulos deveria estar voltado para as coisas espirituais, os discípulos se ocuparam do que era extremamente mundano e terreno, de tal modo que explodiu uma contenda entre eles. Houve uma discussão entre eles sobre qual deles parecia ser o maior, mas o Senhor Jesus lhes fez saber que, o maior entre eles seja como o menor, e aquele que dirige seja como o que serve. É a lição da humildade, de que Ele era o exemplo.
Jesus lava os pés dos discípulos- João 13:1-20
Esta cena dramática da lavagem dos pés é uma parábola encenada, é uma lição de humildade e um retrato vivido da auto–humilhação de Cristo. Não somos informados sobre a quem o Senhor começou a lavar os pés; porém, sabemos que Pedro foi o primeiro a opor-se. Pedro não entendia o que estava acontecendo, e, portanto, se opôs a que Jesus lhe lavasse os pés. Sua oposição, todavia, durou pouco, pois quando soube de seu sentido espiritual, com igual veemência, quis que a limpeza fosse completa (João 13:9).
Depois, Jesus, em poucas palavras, e de modo simples, explicou que esta era uma lição de humildade. Se Ele, sendo o rei da glória, o Mestre e Senhor, podia assumir a posição de escravo para servir em trabalho tão desprezível, quanto mais deveriam eles estar dispostos a tal (João 13:14).
Há alguns que consideram que, com este ato, Jesus instituiu um rito ou cerimônia que nos cumpre observar nos dias atuais, Porém, um exame detido nos leva à conclusão de que Cristo não estava celebrando algo que deveria ser perpetuamente celebrado, como a Ceia.
Ele desempenhou aquele papel a fim de ensinar uma lição que queria que todos aprendêssemos. Devemos aprender a servir, a ser humildes, e não a procurarmos exercer domínio sobre nossos semelhantes (João 13:16-17).
Jesus prediz a negação de Pedro- Marcos 14:27-31
A afirmação de Jesus de que todos os seus discípulos se escandalizariam, veio a confirmar-se. Todos abandonariam Jesus antes de a noite acabar (50), não apenas Pedro. Embora este tivesse dito que jamais O escandalizaria ou O negaria, o Senhor roga ao Pai por ele (Lucas 22:32) e disse-lhe que, antes que o galo cantasse, três vezes ele O negaria (30).
Jesus consola seus discípulos- João 14:1-27
À vista da Sua partida, Cristo deu a Seus discípulos estímulos específicos que incluíam a provisão na casa do Pai (2), a promessa de Sua volta (3), a perspectiva de fazerem obras ainda maiores (22), a promessa da oração respondida (14), a presença do Espírito Santo (16) e a paz permanente (27).
Oração sacerdotal de Jesus– João 17
Nesta grandiosa oração, chamada de oração sacerdotal, o Senhor Jesus- ora por si (1), Sua própria glorificação (2-5) – ora pelos discípulos (6-19) – Jesus ora pela Igreja (17), sua unidade (20-23), a glorificação definitiva dos crentes (24). É essencialmente uma intercessão por aqueles que haveriam de formar a Igreja (20-26).
Jesus é preso no Getsêmani – Marcos 14:43-52
Foi no Jardim das Oliveiras que Judas traiu o Senhor Jesus com um beijo (45). Imediatamente, uma escolta romana prendeu a Jesus. Note-se a perversidade deste ato de Judas: Profanou a Páscoa, a ocasião mais santa do ano; invadiu o santuário das orações e comunhão do Mestre com Seu Pai; sua hipocrisia.
Chegou-se a Jesus e O beijou.
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