Aqui se trata de contar uma parte da História do Carisma Redentorista em terras amazônicas, tendo como foco a Igreja de São Geraldo, em Manaus. Aconteceu, durante o Novenário que antecedeu o dia 16 de outubro de 2022, numa paróquia, anteriormente, redentorista e tendo, como continuidade, a interlocução com o carisma da Missão Scalabrina, devotada aos migrantes, haitianos e venezuelanos em Manaus, como um dos grupos de “cabreiros”, que Afonso e São João Batista Scalabrini, hoje, elegeriam para desfrutar da Copiosa Redenção.
Comecemos pelo chão que pisamos, nos situando na grande área bem mais ribeirinha de Manaus, que entra pelo lado direito do Igarapé de São Raimundo e que vai seguindo, cortada por outros igarapés, até entrar na floresta onde começou a estrada Manaus Itacoatiara (AM, 010), assim descrita, antes dos anos 50.
Pois bem, os Redentoristas , em 1943, assumem essa vastidão de área paroquial que por ser ribeirinha era pobre, sem padre, mas com a fé e a devoção do povo que chegou do interior dos Estados do Amazonas e do Pará, como do nordeste do Brasil. Vieram como migrantes, em busca de estudos para os filhos e de sustento para a família. Viviam de trabalhos bem simples: lavagem de roupas, criação de porcos, venda de frutas, poucos em empregos de servidor municipal, limpeza de ruas, pedreiros e carpinteiros, entre outros ofícios, como alfaiate e costura, com que São Geraldo trabalhou no começo de sua vida.
POR QUE OS REDENTORISTASS ASSUMIRAM ESSA GRANDE ÁREA MANAUARA E, AO MESMO TEMPO, OS MUNICÍPIOS ABANDONADOS E POBRES DE MANACAPURU, CODAJÁS E COARI? O QUE ELES FIZERAM LOGO DE INÍCIO?
1. Notamos que as Capelas criadas ou já encontradas, que são as paróquias de hoje, em Manaus, ganharam nomes da espiritualidade redentorista: Perpétuo Socorro, Santa Luzia, São Geraldo, Menino Jesus da Chapada, Santo Afonso.
2. Os redentoristas pioneiros encontraram uma população pobre e abandonada por conta da ausência de políticas públicas básicas: Educação, Saúde, Moradia e Profissionalização. Migrantes da agricultura de subsistência, bem limitada.
3. Porque eram assim necessitados da COPIOSA REDENÇÃO que ficou alcançável nessa região de Manaus e que mudou a história de nossas vidas todas.
4. Referindo-se a São Geraldo, o Santo , e não à Paróquia, que é maior motivo devocional do Novenário, olhemos para Santo Afonso, e não esqueçamos da Beata Maria Celeste Crostarosa, muito amiga de Geraldo e inspiradora da Fundação com Santo Afonso.
5. Geraldo é irmão leigo, seguidor de Jesus e Celeste, uma mulher, sinal não clerical da presença do Espírito para uma Igreja que hoje sabemos ser sobremaneira leiga e com mulheres valentes na fé e no serviço, por ser uma Igreja POVO DE DEUS, com tarefas diversificadas ou ministérios eclesiais.
6. Por sua vez, Afonso e seu primeiro grupo, com Geraldo, teve a audácia, na sua simplicidade, de entrar no coração de Deus, captando os seus movimentos e a sua compaixão pelos pequeninos – “Eu ouvi, eu vi a aflição do meu povo” (cf. Ex 3). Escreveu dias atrás, o novo Padre Geral Rogério Gomes, da Congregação Redentorista.
7. “Afonso entrou no coração dos pobres, de onde aprendeu a compaixão pelos pequeninos. “ Ele se compadeceu deles porque estavam aflitos e desamparados como ovelhas sem pastor (cf. Mt 9,36). Ele ouviu seus gritos, sua dor”. Completa o Pe.Geral: “Assim, a Congregação nasceu da audaciosa experiência de desapego de Afonso”, para a sua saída de Nápoles ou dos Estados Unidos da América, quando os missionários redentoristas pioneiros chegaram até a Paróquia de São Geraldo.
Muitos padres e irmãos passaram pela Paróquia de São Geraldo, que há 50 anos era apenas uma capela: depois dos pioneiros, tivemos o Pe. Geraldo, que levou o Dom Jacson Damasceno Rodrigues, paroquiano, para o Seminário, no começo dos anos 60. Depois, o Padre Henrique Zeipelt, que morreu tragicamente no trânsito. O Pe. Alírio Lima que construiu a nova Igreja e faleceu, poucos anos depois, abriu o caminho para os Scalabrinianos prosseguirem.
O projeto de salvação integral e libertária que Afonso iniciara, 300 anos atrás, continua como fonte abundante da Copiosa Redenção.
Naquele primeiro tempo dos inícios, éramos também Paróquia de Aparecida, Comunidade ou Capela de São Geraldo.
Sabemos da Escola Nossa Senhora Aparecida, das Oficinas de aprendizagem profissional, que antecederam o Pró Menor Dom Bosco, que tinha frequência de crianças, jovens e adultos de toda a grande região missionada pelos redentoristas. E nos municípios de Coari, Codajás e Manacapuru, a dimensão humana e redentora de Jesus, levou-os às olarias, serrarias para os sem teto ou em precárias moradias, aos postos de saúde, sobretudo Escolas Católicas que abriam por onde passavam com seu carisma.
A gratidão ecoa no céu pelo carisma redentorista vivido, nesse chão manauara, e agora, por ter a continuidade da salvação integral com os Padres Carlistas (Scalabrinianos), através de projetos de HUMANIZAÇÃO DA VIDA dos mais necessitados, entre os migrantes.
Assim, nos preparamos para o EVENTO DOS 80 ANOS de Presença da Missão Redentorista na Amazônia, em 2023.
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