Domingo da Solenidade de Pentecostes. Esta é uma celebração muito importante do calendário cristão. Tal data comemora-se a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos. O Dia de Pentecostes é celebrado 50 dias após o domingo de Páscoa, dia da Ressurreição de Jesus. Esse dia também, coincide com o décimo dia depois da Ascensão, celebração religiosa que comemora o dia em que Jesus subiu ao céu.
O termo Pentecostes é de origem grega e significa “quinquagésimo”, ou seja, cinquenta dias. Estes dias são aqueles que contamos, a partir da Páscoa (Ressurreição de Jesus) até a festa de Pentecostes. O período litúrgico do Tempo Pascal começa no domingo da Páscoa e termina no dia de Pentecostes. No Pentecostes, os cristãos comemoram o dia em que os apóstolos receberam o Espírito Santo, um dom que permitiu que eles começassem a divulgar os ensinamentos de Jesus de Nazaré. Por isso, o dia de Pentecostes comemora-se o início da expansão da cristianismo.
O Dia de Pentecostes, como comemoramos em nossas comunidades hoje, está descrito no livro de Atos dos Apóstolos: “Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem”. (At 2, 1-4)
O Evangelho que a liturgia deste dia de Pentecostes nos apresenta, é sempre o mesmo. João, narrando uma das primeiras aparições de Jesus, no dia mesmo da Ressurreição (o primeiro da semana). O clima entre os discípulos era o pior possível: tristeza, desolação, medo, insegurança. O impacto da morte de Jesus, estava presente no coração de cada um deles, e não era para menos, por mais que Jesus os preparassem para aquele fatídico dia.
As primeiras palavras ditas por Jesus a eles, denotava o clima aterrador que eles estavam vivendo: “A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) Jesus sabe que o medo impede o anúncio e o testemunho. Por este motivo , Ele os liberta do medo, mostrando-lhes que o amor doado até à morte é sinal de vitória e alegria. Depois disso, os convocam para a missão no meio do mundo, infundindo neles o Espírito Santo, mostrando-lhes o objetivo da missão que eles teriam pela frente a partir dali
Os discípulos de Jesus estavam de portas fechadas, com medo das autoridades dos judeus. Tudo o que Ele não queria e nem esperava deles e nem também de nós. Este mesmo medo, não pode se apossar de nós, na vivência da nossa fé. Quem vive a fé com medo não tem a coragem de testemunhar as verdades que Evangelho nos traz. Como nos diz o Papa Francisco, na sua fala sobre Pentecostes: “O Espírito Santo, dá coragem para viver a vida cristã”. Que não nos acovardemos atrás dos nossos medos, e perdemos assim a chance de testemunhar, tendo a força do Espírito Santo a nos conduzir pelos caminhos proféticos. Vinde Espírito Santo!
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