Chega-me um convite especialíssimo.
Rever Pedrinha. Bateu-me uma tristeza pungente.
Não vindo ao caso as motivações, é pena que, depois de 57 anos de ausência, eu tenha encontrado antigos colegas ou amigos da infância e adolescência redentorista e tenha durado tão pouco tempo esse convívio.
Sinto falta, mas talvez questões com as quais não contávamos – eles e eu, sejam causa do distanciamento.
Durante décadas alimentei um sonho de nalgum dia rever Aparecida e especialmente a Pedrinha, onde vivi anos abençoados.
Onde minha mãe visitou-me e se encantou com um pequeno e ruidoso riacho de águas cristalinas.
Com a fonte que alimentava a piscina.
Com a modesta igrejinha rural do Bairro.
Com a altivez da Mantiqueira, onde nascia e se punha o sol no entardecer, alumiando de luz alaranjada os cumes da Pedrona e da Pedrinha, monumentos naturais da serra tão benquista, com seus riachos de águas geladas, rasos, pedregosos, piscosos.
Que pena! Deixei passar a oportunidade referente ao majestoso Seminário de Aparecida.
E Pedrinha há de ter, inevitavelmente, o mesmo fim.
Eu gostaria de rever esses templos sagrados e bucólicos da minha formação juvenil, que não sei se o tempo vai me faltar para amenizar essa saudade.
Mas parece que os amigos afonsianos e eu seguimos trilhas distintas…
Nota da Editoria:
- Foto da manchete meramente ilustrativa.
- Foto cedida pelo colaborador atendendo a pedido de leitores do PORTAL UNESER.
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