Sexta-feira feira passada encontrei me com Staliano e Henrique.
Fomos pro paraíso…
Moleque, nos meus doze anos, fui pra lá pela primeira vez!
Longe da casa,longe do chinelo da mãe.
Resolvi que seria padre!
1959…
Que sabe um menino que sempre foi acolhido no colo da mãe: vigiado!
Aquilo era um paraíso!
Tínhamos aulas: muitas!
Cobrança das notas…
Missa diária…
O sino tocava às cinco e meia…mas a ansiedade de viver intensamente nos punha em pé…
O pão era amanhecido, afinal o padeiro o trazia na véspera…
Nunca vi ninguem reclamar!
Um caneco de café com leite.
Às vezes um pouco de mel.
Ah! O pão que sobrava …
Pudim de pão!
Um pedaço tão grande que virou ” pudim mata fome”!
Nadar no ribeirão.
Escalar montanhas.
Futebol todo dia!
Nunca vi ninguem reclamar da comida,da dureza dos colchões, do banho frio!
Metade dos que chegamos naquele ano foi embora!
Mas era saudades da mãe!
Fui ficando…eu e muitos outros…
Fiquei uma vida lá…melhor um ano no paraíso…
Adaptei me.
Mudamos para Aparecida.
“Ginásio ”
“Colégio “…
Desentendimentos com o superior o diretor…
Afinal sou neto de calabrez!
Italiano não, dizia meu avô:
Calabrez…
Sai …
Mas a Pedrinha, o paraíso não saiu de mim…
Sempre que posso vou lá!
Não caço rãs,às vezes tomo banho no ribeirão.
As águas continuam frias e transparentes …descem entre pedras,fazem barulho!
Geladas…
Parece que somos crianças de novo…e somos felizes!
Essa frase é do meu amigo Perdigão…assino!
É perfeita!
Ah! Você não foi criança na Pedrinha…ainda é possível!
O por e nascer do sol é imperdível!
O recorte majestoso das montanhas entra na gente!
O badalar do sino na capela só existe ali…
O serpentear de águas frias, geladas,limpas só existe ali!
Vão lá!
Mas não vão só…
Leve alguém que segure sua mão e sinta emoção!
Boa tarde/noite, gente amiga querida que as bênçãos sejam abundantes e permanentes pra todos!