As batalhas diárias da vida física e espiritual que enfrentamos, transformam-se em ocasiões para viver pela fé, perseverança e amor com intenção de não nos conformarmos com o que parece tão normal levar a vida, mas que pode ser patológico.
Pelo entendimento da normose, somos motivados pela graça de Deus ,
a nos prevenir , imunizar e tratar essa doença da normalidade. Daí, podemos também entender o que poderia ser um comportamento “anormal”.
A normose é a tendência para condicionar o próprio comportamento por moldes a seguir os trâmites ou as normas de condutas socialmente estabelecidas em prejuízo da auto-expressão individual da pessoa , supervalorizando-se a opinião e a aceitação social dos outros, o que poderia desfigurar o nosso EU interior. E assim, ficamos dismórficos , pondo em risco nossa personalidade.
Não seria bom ser rotulado de “Maria vai com as outras”.
No âmbito da filosofia e da medicina holística, a normose afigura-se como um conceito referente às normas , crenças e valores sociais que causam angústia e que podem ser prejudiciais ao bem estar psíquico do indivíduo.
Em outras palavras: aos “comportamentos normais de uma sociedade”, que causam sofrimento.
Desta forma , os indivíduos estarão em aparente, perfeita conformidade com os padrões da normalidade e fazem aquilo que lhes é socialmente espectável. Contrariando aquelas que são as suas vontades, opiniões e contrapulsões pessoais e subjetivas próprios , podem acabar por sofrerem psicologicamente.
É comum justificar a manutenção do comportamento causador de doença por se manter dentro dos padrões convencionais da normalidade, porém essa justificativa pode volver-se falaciosa, acabando de forma inadvertida, perpetuando a normose.
Pierre Weil define “normal”, como conjunto de normas , conceitos, valores, esteriótipos, hábitos de pensar ou agir, que são aprovados por consenso ou maioria.
E o patológico é aquilo que desvia do normal e, que por isso, constitui ou caracteriza uma doença.
Por contrapondo saudável, é aquilo que gera bem-estar e qualidade de vida.
Não permitamos que a doença da normose (normopatias), atinja o que de belo existe em nós . Sejamos nós mesmos, um com o outro, de forma simples e bela. Mesmo que não perfeitos, porém caminhantes, à imagem e semelhança de Deus.
Digamos NÃO à contaminação pelos achismos infundados daqueles que trazem a pequenez de espírito na vida. Não caiamos no nosso abismo do nada.
Vamos “viver e não ter a vergonha de ser feliz . Cantar e cantar a beleza de ser eterno aprendiz. Eu sei que a vida pode ser bem melhor e será, mas isso não impede que repita…é bonita” ( Gonzaguinha).
Faz-se necessário assumir com persistência e coragem a escola da vida e ser quem você é, sem a mania de achar-se melhor que os mais normais.
A apostasia de quem é contrário a Deus, que estão em nosso meio, nessa normose, sem crítica ou dúvidas, ganha cada vez mais seguidores nas suas mídias do Facebook e Instagram.
Deus nos orienta, no capítulo do livro sagrado, como caminhar, individualmente , objetivando a santidade.
“Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!’ Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos.
Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. ( Mt 5, 44-48). Jesus nos incita a sair da normalidade.
Nesse caso, utilizemos os dons do Espírito Paráclito, o Espírito Santo Defensor e Discernidor, que nos foi dado pelo amor misericordioso de Deus de forma gratuita, vivificado em recente Pentecostes.
Pratiquemos com SABEDORIA, PIEDADE.
Peçamos o ENTENDIMENTO TEMOR a DEUS e FORTALEZA. E assim , caminhemos com nossa fé, mesmo com nossa miserabilidade, sempre em busca da santidade diária. No dia tão esperado e maravilhoso da PARUSIA ( nova vinda de Jesus Cristo , Nosso Senhor) possamos nos prostrar a seus pés, e conforme seu julgamento, sermos agraciados, mesmo com o nosso nada, enquanto ser humano que somos, mas que pelo amor misericordioso do Pai, sejamos também moradores na eterna amorosIdade do PAI.
Concluímos com a lição do cacto.
Os cactos criaram um verbo para as vidas de algumas pessoas. O verbo cactar na vida de quem busca fazer a vontade de Deus.
Cacto é símbolo de resiliência , persistência e partilha. Mesmo em condições desfavoráveis, nasce e mantém-se vivo. Fonte de oxigênio para o ambiente pelo processo interno, tal como fotossíntese (a compaixão), além de ser reserva de água, que o hidrata. Assim como os seres humanos hidratados pela fé). Usemos com muita sabedoria os seus espinhos , apenas para alguns que o querem machucar . E acima de tudo, vivamos com pouco cuidado, mas oferta constante de empatia.
E além de tudo , vejamos no cacto , um sacramental da criação de Deus que nos ensina a resistir e ainda gera flores para enfeitar o mundo com amor e gratidão pela vida!
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