Sexta feira da Décima Segunda Semana do Tempo Comum. O mês de junho encerrando como alguns gostam: “sextando”. Se para alguns, este é dia de iniciar a farra, para outros este é o momento de já ir preparando para mais um final de semana com a família, os amigos e o compromisso com a comunidade de fé, celebrando o Dia do Senhor. Dia em que fazemos memória do Ressuscitado, que veio fazer morada definitiva no meio de nós. Como nos dizia São Justino: “Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia após o sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos” (Apologia 1,67)
Dentro em breve, algumas horas a mais, o mês de junho passará o bastão ao mês de julho. Mês das férias, mas dos recessos, mês em que os nossos estudantes dão uma pausa nos estudos para dedicar um pouco mais a si mesmos e aos familiares. Aqui pelas nossas bandas o mês de julho é o período de nossa “Temporada de Praia”. Enquanto lá fora o frio reina absoluto, aqui o Araguaia nos oferece as suas mais belas praias e um sol para cada um, aos que se deleitam com um banho, de água e de sol. Este é o nosso Araguaia, fazendo felizes a nós e aos visitantes. Só não vale poluir, principalmente com garrafas descartáveis e plásticos em geral.
Voltando agora para liturgia desta sexta feira, nos dedicamos à leitura do evangelista Mateus. Agora, não mais no contexto do “Sermão da Montanha”, que ficou para trás (5 a 7). Entramos no capitulo 8º. Nos capítulos 8 e 9 deste Evangelho, tomamos contato com alguns dos sinais (milagres) realizados por Jesus: Cura de um Leproso (Mt 8,1-4), Cura do Criado de um Centurião (Mt 8,5-13), Cura da Sogra de Pedro (Mt 8,14-17), Curou um paralítico (Mt 9,1-8), Cura de uma mulher com hemorragia (Mt 9,20-22), Cura da filha do Chefe Jairo (Mt 9,23-26), Cura dos Cegos (Mt 9,27-31). Acalmou a Tempestade (Mt 8,23-27), Expulsou demônios (Mt 8,28-34), Libertação de um Endemoninhado (Mt 9,32-33).
Em Mateus, os primeiros contatos de Jesus foram com os marginalizados representados por um “leproso”, um pagão e uma mulher. Pessoas estas que eram marginalizadas pelas autoridades religiosas e politicas, presentes no Templo de Jerusalém. Eram pessoas amaldiçoadas por Deus, porque eram pobres, doentes e pecadores. Eram considerados os “desgraçados”, ou seja, estavam longe da Graça de Deus. Contrapondo às autoridades e ao tratamento dado àquelas pessoas, Jesus toma a iniciativa, coloca-se no meio delas, se mistura, convive com elas e ainda vai dizer com todas as letras: “As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes. Eu não vim para chamar justos, e sim pecadores.” (Mc 2,17)
A pobreza e a doença eram vistas como um sinal de maldição de Deus para com as pessoas pobres e doentes. Esta era a visão das autoridades que trabalhavam diretamente para manter a exclusão estrutural daquelas pessoas. A pessoa doente, além de sofrer o trauma mental da doença, ainda tinha que conviver com a realidade de exclusão social (impura) a que era submetida pela lei reinante naquele período. Quem entrasse em contato com algum daqueles doentes era considerado impuro como ele e teria que também se afastar. Jesus não somente se mistura com a pessoa doente como a cura, devolvendo-lhe a saúde e a possibilidade da convivência social novamente. Jesus que ensina, anuncia a Boa Nova do Reino, mas também realiza os sinais (milagres) de libertação. Depois de curado, a pessoa tinha que ir apresentar-se ao sacerdote, cumprindo assim uma determinação que consta num dos livros do Pentateuco (Lev 14,1-4).
Todo ritual para a purificação do doente (leproso) visava a reintroduzi-lo depois de curado na comunidade, da qual fora excluído por causa da doença. Este ritual continua também no tempo de Jesus, diferentemente dos sacerdotes, uma vez que Jesus liberta a pessoa da doença por inteiro, enquanto os sacerdotes apenas declaram se a pessoa está doente ou está curada. Para Jesus, isto não basta, pois o verdadeiro cumprimento da Lei não é declarar quem é puro ou impuro, mas fazer com que a pessoa fique purificada e volte a viver, com dignidade de filho e filha de Deus, no convívio com os seus.
Reza a Doutrina Social da Igreja (DSI), que é um compêndio de normas e diretrizes da Igreja Católica, que se preocupa com toda a família humana, suas necessidades no âmbito material político e social, as Pastorais Sociais de Igreja em sintonia com a DSI, formam um campo de atuação da Igreja que vai ao encontro dos empobrecidos, doentes e marginalizados. Como Jesus, somos chamados a dar uma resposta a esta realidade de sofrimento da população empobrecida, resgatando a sua dignidade e devolvendo-as ao convívio social. Todos os que fomos batizados temos esta missão de, assim como Jesus, atuar de forma consciente na defesa da vida das pessoas, sobretudo aquelas mais vulneráveis e fragilizadas, promovendo o Reino da inclusão. A exclusão não faz parte do Reino de Deus. O Reino anunciado por Jesus é o Reino da inclusão.
Hoje vendo postagens do watts zap me deparo com a Çao e uma lembrança literária:…
Quinta feira da 33ª Semana do Tempo Comum. Estamos nos finalmente do ano litúrgico. Passou…
Quarta feira da 33ª Semana do Tempo Comum. A luta continua! Somos filhos e filhas…
Terça feira da 33ª Semana do Tempo Comum. Já de volta em casa, depois da…
Segunda feira da 33ª Semana do Tempo Comum. Iniciando mais uma semana em nossa trajetória…
33° Domingo do Tempo Comum. Este é o penúltimo Domingo do Tempo Comum. Estamos nos…