Neste dia 8 de setembro, a comunidade internacional está nos lembrando do “Dia Mundial da Alfabetização. Este dia foi criado em 8 de setembro de 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU), através da Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. O objetivo primeiro desta data é ressaltar a importância da alfabetização para o desenvolvimento social e econômico de cada país. A alfabetização é a base da educação, e também um direito humano assegurado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Apesar disto, o acesso ao ensino básico de qualidade ainda é uma realidade distante para muitas pessoas, que encontram dificuldades para se alfabetizar ou continuar os estudos pelos abismos das desigualdades sociais.
No país de Paulo Freire, um dos maiores pedagogos da educação mundial, a educação vai mal. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) há uma queda gradativa no analfabetismo no Brasil, considerando a população acima de 15 anos. Em 2017, eram mais de 11,4 milhões de analfabetos. Estima-se que haja no Brasil de hoje, cerca de quase 10 milhões de jovens, na faixa etária dos 15 anos, que não sabem ler e escrever. Isto sem falar no “analfabetismo funcional”, que é a falta de capacidade de leitura e interpretação de frases, parágrafos ou textos, bem como não conseguem ou tem grande dificuldade em realizar contas matemáticas básicas: 3 em cada 10 alunos do Ensino Médio dominam os conteúdos aprendidos em sala de aula. Sem acesso à educação, não há desenvolvimento, não há pleno exercício da cidadania.
“Valei-nos Nossa Senhora!”, dizem os mais antigos aqui pelas bandas da Prelazia. Valei-nos ainda mais hoje, no dia em que estamos celebrando a Natividade de Maria. O nascimento da Mãe, cercado de cuidados, dada a sua importância para o Projeto Salvador de Deus. Da periferia do mundo, no seio de uma humilde família, Deus faz nascer aquela que revolucionará a história da humanidade. Uma das festas marianas mais antigas. Calcula-se que a sua origem esteja ligada à festa da dedicação de uma igreja a Maria, em Jerusalém, no século IV: a basílica de Santa Ana, onde, segundo a tradição, era a casa dos pais de Maria, Joaquim e Ana e, onde, nasceu Maria.
A Festa do Nascimento de Maria é celebrada nove meses depois da celebração da Solenidade da Imaculada Conceição, no dia 8 de dezembro. Nos Evangelhos não encontramos citações sobre esta festa. Também não há neles registros acerca dos nomes dos pais de Maria Joaquim e Ana. Estes são dados coletados da tradição, oriunda dos escritos apócrifos do segundo século da era cristã. Mas nem por isso, os Evangelhos deixam de ressaltar a importância de Maria para a História da Salvação. Uma mulher simples, mas muito importante, que veio ao mundo para fazer parte da vida em Deus e da nossa história humana. Como já dizia Santo Agostinho: “Tudo quanto pudermos dizer em louvor de Maria Santíssima é pouco em relação ao que merece por sua dignidade de Mãe de Deus”. Viva a Mãe de Deus e Nossa!
O destino de Maria já estava traçado no coração de Deus. O Profeta Isaías anunciava no início de sua atividade profética: “Pois saibam que Javé lhes dará um sinal: Uma jovem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará pelo nome de Emanuel”. (Is 7,14) Lembrando que Isaías foi profeta em Jerusalém por cerca de 40 anos aproximadamente, de 740 a 701 a.C. Maria entra na história de Deus e nossa num contexto bastante difícil para as mulheres, de maneira geral, já que eram consideradas como seres de segunda categoria. Deus andando na contramão da história, contando com uma grande mulher para realizar a sua obra de salvação. Maria acreditou e se entregou nas mãos de Deus, subvertendo o processo histórico e fazendo Deus presente na história humana, gerando o Salvador.
Maria contribuindo para a história de Israel que alcança o seu ápice com a chegada do menino, nascido de seu ventre materno. A árvore genealógica apresenta-o como descendente direto de Davi e Abraão. Desta forma, como filho de Davi, Jesus é o Rei-Messias que vai instaurar o Reino prometido. Já como filho de Abraão, Ele estenderá o Reino a todos as pessoas, através da presença e ação da Igreja. Jesus de Nazaré não é apenas filho da história dos homens. Ele é o próprio Filho de Deus, o Deus que está conosco. Com Ele inicia-se nova história, em que as pessoas serão salvas, uma vez que a palavra Jesus quer dizer, Deus salva de tudo aquilo que diminui ou destrói a vida e a liberdade (os pecados).
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