Domingo da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. O Vigésimo Domingo do Tempo Comum dando lugar a esta festa tão importante da História da Igreja desde os seus primórdios. Como sempre, independente do Ano Litúrgico A, B ou C, fazemos a reflexão do Evangelho da comunidade lucana (Lc 1,39-56).
O Magnificat que é o Canto de Maria ou o canto dos pobres que esperam pela libertação na pessoa de Jesus, o Verbo de Deus encarnado. Uma das páginas mais conhecidas de todo o Novo Testemunho. Na boca da Mãe, Deus manifesta toda a sua predileção pelos pobres, fazendo deles os destinatários primeiros do Reino.
Maria, antes de ser elevada ao céu, se faz a palavra viva de Deus, mostrando que o Pai tem um lado, o lado dos empobrecidos, uma vez que ela é a Mãe do “Servo Sofredor”, que o profeta Isaías já havia predito. Maria, sensível à dor dos que sofrem e estão sendo explorados pelas forças da morte.
Maria, solidária aos que necessitam de cuidados. Mesmo estando grávida, ela não mede esforços e vai até a sua prima Isabel, prestando-lhe todos os cuidados necessários àquela mulher. Um encontro presenciado pela força transformadora do Espírito Santo: “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo”. (Lc 1,41)
Pela ação do Espírito Santo, Deus oportunizando o encontro de duas gerações: o Precursor e o Salvador. O Antigo Testamento fechando as suas portas com a ação do Profeta João Batista, anunciando a chegada do Messias, tão esperado desde as promessas do tempo dos Patriarcas.
Duas grandes mulheres que se abrem e se colocam nas mãos de Deus para que, através delas, Deus venha visitar o seu povo, agindo e transformando a história humana. Deus faz questão de contar com a ação de duas mulheres, sobretudo naquele contexto histórico de inferiorizacão e marginalização do ser feminino pela sociedade vigente, inclusive sob a conivência dos líderes religiosos.
“Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias”. (Lc 1,52-53) Cumprindo a promessa feita, Deus assume o partido dos pobres, e realiza uma transformação na história, invertendo a ordem social das coisas: os ricos e poderosos são depostos e despojados, e os pobres e oprimidos são libertos e assumem a direção dessa nova história.
Esta é uma possibilidade hermenêutica do texto do Evangelho de hoje. O Cântico dos pobres é o grito de libertação de todos aqueles e aquelas que anseiam por ela. O que não pode haver é a ginástica mirabolante feita por alguns padres em suas homilias, dando uma ênfase excessiva ao dogma da Assunção de Maria, ao invés de reconhecer o Cântico revolucionário de Deus na boca da Mãe. Neste sentido, somos obrigados a concordar com o nosso bispo Pedro: “Se a igreja esquece os pobres, esqueceu o Evangelho”. Agindo assim, tais padres mostram de lado estão, o lado da elite.
Hoje vendo postagens do watts zap me deparo com a Çao e uma lembrança literária:…
Quinta feira da 33ª Semana do Tempo Comum. Estamos nos finalmente do ano litúrgico. Passou…
Quarta feira da 33ª Semana do Tempo Comum. A luta continua! Somos filhos e filhas…
Terça feira da 33ª Semana do Tempo Comum. Já de volta em casa, depois da…
Segunda feira da 33ª Semana do Tempo Comum. Iniciando mais uma semana em nossa trajetória…
33° Domingo do Tempo Comum. Este é o penúltimo Domingo do Tempo Comum. Estamos nos…