Missão Evangelizar
(Chico Machado)
Décimo Primeiro Domingo do Tempo Comum. O mês de junho vai avançando nos dias, já trilhando a sua segunda quinzena. Vamos caminhando com os dias, tentando ser fies na caminhada e no testemunho. Os cristãos que seguem os passos de Jesus de Nazaré, temos o propósito de tornar viva a Palavra de Deus, através do testemunho, trazendo para dentro de nossa história o Reino querido e pensado por Deus para nós. Reino de Paz, Justiça e Fraternidade, para que a vida, sobretudo dos pobres e oprimidos, seja vivida na sua dimensão maior, como Deus assim o projetou. Amar até o fim pois, “Próprio do amor é estar sempre inquieto, em atividade; e quem aquieta muito, sinal é de que pouco ama”. (São João Crisóstomo)
Dia 18 de junho, um dia especial para o avanço do pensamento humano. Hoje comemoramos o “Dia Mundial do Orgulho Autista”. O objetivo principal de se lembrar este dia é mudar a compreensão e a visão negativa que as pessoas, a sociedade têm quanto ao autismo. Nesta nova compreensão, o autista deixa de ser uma “pessoa doente” para ser “diferente”. Ou seja, as pessoas com autismo não são “doentes”, mas elas possuem características peculiares (próprias), trazendo-lhes desafios e recompensas únicas. Quem tem um autista em casa sabe que possui um “anjo bom” com um enorme coração, que evangeliza toda a família com o seu jeito de ser e os cuidados de que necessita.
Evangelizar é preciso! Somos chamados a evangelizar. Evangelizar na verdadeira acepção do conceito. O vocábulo evangelizar significa literalmente “boa notícia”. Portanto, o verbo significa “dar uma boa notícia”. Evangelizar na concepção do seguimento de Jesus é a experiência profunda de fazer o que Jesus fez, através do testemunho fiel, assumindo todas as consequências daí decorrentes. Não somente falar das coisas de Deus/Jesus, mas evangelizar com a vida que é doada pelas mesmas causas d’Ele. Portanto, evangelizar não significa fazer prosélitos com devocionismos desconexos com a realidade, mas viver a fé testemunhal em Jesus, o Cristo.
Neste Décimo Primeiro Domingo do Tempo Comum, a liturgia retoma o Evangelho de Mateus que é próprio do Ano Litúrgico A. No texto de hoje Jesus, depois de ensinar e preparar os seus discípulos, os envia em missão para darem continuidade as suas ações. Tal atitude de Jesus é precedida pelo seu olhar da realidade que o cercava naquele momento histórico: “vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor”. (Mt 9,36) Jesus que não fica indiferente e insensível à realidade de sofrimento do povo pobre. Ele toma partido e deseja que todo seguidor seu, tenha este mesmo olhar de compaixão para com a gente sofrida, abandonada pelos poderes religiosos e políticos de sua época e de hoje.
Os discípulos são enviados como apóstolos para o enfrentamento desta realidade de sofrimento do povo. Já não mais como discípulos seus, mas como apóstolos. A diferença entre um e outro é que o discípulo é aquele que aprende com o seu mestre; já o apóstolo é aquele que é enviado. Necessariamente podemos dizer que os apóstolos são discípulos, mesmo que alguns dos discípulos não sejam reconhecidos como apóstolos. Ao fazer o chamado de seus discípulos, ou seja, pessoas escolhidas para colaborarem com a sua missão, chamou-os para estarem juntas consigo. Preparou-as com os seus ensinamentos, mostrando quem era Ele e o que viera fazer neste mundo (Reino), para que assim, estes dessem continuidade a sua missão.
“Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade”. (Mt 10,1) Jesus transmite poder e autoridade aos seus apóstolos para que estes dessem conta do recado, sendo servidores dos pequenos empobrecidos, que eram os mais necessitados do “pastoreio” dos apóstolos. Dedicar à causa dos pequenos, pobres e marginalizados sob todas as formas de opressão. Como assim resumir o comentário da Bíblia Edição Pastoral da Paulus: “Os discípulos recebem o mesmo poder de Jesus: desalienar os homens (expulsar demônios) e libertá-los de todos os males (curar doenças). Os doze apóstolos formam o núcleo da nova comunidade, chamada a continuar a palavra e ação de Jesus”.
Como estamos distantes desta proposição de Jesus para os seus apóstolos. Infelizmente, uma parte da nossa Igreja, desviou propositalmente o foco desta missão. Leigos, padres e bispos, mais preocupados com seus status, as suas aparências, suas vestes clericais, seus adornos e cerimônias religiosas de muita aparência, incensos e bajulações sem medidas, fotos nas redes digitais. Pouco conteúdo nos roteiros homiléticos, recheados de chavões desconexos com a realidade dos pobres. Padres que não andam mais a pé no meio do povo, mas dentro de seus carrões, ostentando celulares de última geração. “Evangelizam” com palavras/sermões e não com a vida doada pelas mesmas causas de Jesus. Será que tinha razão São João Crisóstomo quando dizia?: “O caminho para o inferno está pavimentado com ossos de padres e monges, e os crânios dos bispos são postes que iluminam o caminho”.
Hoje vendo postagens do watts zap me deparo com a Çao e uma lembrança literária:…
Quinta feira da 33ª Semana do Tempo Comum. Estamos nos finalmente do ano litúrgico. Passou…
Quarta feira da 33ª Semana do Tempo Comum. A luta continua! Somos filhos e filhas…
Terça feira da 33ª Semana do Tempo Comum. Já de volta em casa, depois da…
Segunda feira da 33ª Semana do Tempo Comum. Iniciando mais uma semana em nossa trajetória…
33° Domingo do Tempo Comum. Este é o penúltimo Domingo do Tempo Comum. Estamos nos…