Sexta feira da 23ª Semana do Tempo Comum. Sexta feira 13. Para os mais supersticiosos, um prato cheio para as suas crenças e condutas. Para alguns, requer um pouco mais de cuidados, por se tratar de um “dia de azar”, segundo estes. Certo é que setembro vem anunciando mais um final de semana. Como o mês é dedicado à Bíblia, não nos esqueçamos de que neste ano, temos a tarefa de ler e aprofundar um pouco mais, com a leitura do profeta Ezequiel. Nestes tempos difíceis que ora estamos vivendo, é essencial que conheçamos um pouco mais sobre este profeta, e deixar que o Senhor nos alcance com o seu Espírito Santo, como bem disse Ezequiel: “Porei em vós meu espírito e vivereis” (Ez 37,14).
A palavra profética é também criadora e convoca o espírito para libertar e conduzir a vida do povo de Deus, pelos caminhos da construção do Reino de Deus entre nós. Reino de paz, justiça, fraternidade, amor e perdão. Este é o desafio de todo aquele e aquela, que se coloca na mesma estrada com Jesus de Nazaré. Não há outro caminho possível, que nos leve a estar em sintonia com o Deus libertador que Jesus veio anunciar. Só é possível encontrar-nos com este Deus se estivermos em sintonia com os irmãos e irmãs da caminhada: “Se alguém diz: ‘Eu amo a Deus’, e no entanto odeia o seu irmão, esse é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê”. (1Jo 4,20) O centro da vida é a prática incondicional do amor. Esse amor testemunha concreta e visivelmente, o conhecimento e a união que temos com Deus, com seu Filho e com o Espírito.
Minha sexta feira chegou trazendo ao meu coração uma imensa saudade da minha terra natal. Como bom mineiro que sou, não poderia iniciar estes meus rabiscos, sem fazer referência ao dia de hoje. Comemoramos hoje, o Dia Nacional da Cachaça. A criação desta data partiu da iniciativa do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), e foi instituído em junho de 2009. O dia 13 de setembro foi escolhido em homenagem a data em que a cachaça passou a ser oficialmente liberada para a fabricação e venda no Brasil, lá pelos idos de 1661. Como sou filho da região mineira, em que a cachaça é largamente apreciada, em função de sua produção artesanal, não poderia ficar de fora dos apreciadores moderados da caninha.
Contudo, como nos diz o Livro do Eclesiastes, que Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu (cf. Ecle 3,1-17), o tempo agora é o de levar adiante os ensinamentos de Jesus, que no dia de hoje, nos é trazido pelo evangelista São Lucas. Da alegoria das parábolas, Jesus passa a um discurso propositivo e também provocativo, sempre com o intuito de fazer o seu discipulado entender bem os seus ensinamentos. Cabe aos discípulos do Mestre, aceitar o momento presente como dom de Deus, e ter o discernimento apropriado para fazer a coisa certa no momento certo. A espiritualidade verdadeira de quem se faz discípulo de Jesus verifica-se na prática da Palavra de Deus e na adesão total à novidade do Evangelho.
“Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre”. (Lc 6,40) Somos chamados e desafiados a dar continuidade à mesma missão de Jesus. Antes de “fazer”, é preciso “ser”; antes de “pregar/anunciar”, é preciso “viver”. Como nos orienta a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi do Papa Paulo VI, “a Boa Nova há de ser proclamada, antes de mais, pelo testemunho”. Como parte do grupo de Jesus, devemos começar “fazendo” e depois “ensinando”, a exemplo d’Ele:
Anunciar o Reino como Jesus, fazendo acontecer as ações de libertação do povo oprimido. Os “evangelizadores” de hoje precisam entender que eles não são “pregadores de si mesmos”, mas anunciadores do Evangelho do Reino. Viver em primeiro lugar aquilo que pregam. Algo que uma grande parte da nossa Igreja abandonou, em busca de outros adereços: roupas, apego às doutrinas rebuscadas de fundamentalismos, falas desconexas da proposta de Jesus. Certamente algo de muito errado está acontecendo na formação dos novos presbíteros em alguns seminários. Uma gente despreparada, que não consegue fazer uma hermenêutica teológica, eclesiológica e cristológica do Evangelho, ajudando as pessoas a viverem a sua fé encarnada ao contexto da libertação. Isto quando não atropelam a língua portuguesa em suas longas homilias, com erros básicos de concordância.
Viver a fé sem hipocrisia nos ajuda a entrar em sintonia com a proposta de Jesus. O ser cristão não combina com o ser hipócrita. No Novo Testamento, os termos “hipócrita” e “hipocrisia”, aparecem pelo menos umas 20 vezes nas falas de Jesus. Na maioria delas, Ele está se referindo aos escribas e fariseus, religiosos e doutores da lei mosaica. Em linguagem simples e direta podemos dizer que estas atitudes significam “fingimento” e “falsidade”. A palavra “hipocrisia” deriva do vocábulo grego “hypokrisía” (ator), significando aquele que finge ou engana. Todavia, o significado de Hipocrisia dentro do contexto bíblico, está relacionado ao pecado de falsidade, engano e maldade, coisas que não combinam com aqueles e aquelas que seguem os passos do Mestre Jesus.
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