Nas esquinas das ruas da Manaus dita Moderna
a lente revela pessoas que moram nas ruas
esquecidas na multidão, sozinhas
dos que apreciam as lojas, o rio e paisagens
poucos se arriscam a dizer ao desconhecido: oi, olá
Sem saber data alguma, nem mês ou ano
tudo é estranho sem família e amigos
no horizonte entremeia raras lembranças
lugares e paragens se tornaram miragens
no abandono a razão desconfia do olhar alheio.
Na esperanças almeja carinho, cuidados, amor
quem sabe uma mão estendida
lhe faça ressurgir o gozo da vida
e por um instante na partilha de um pedaço de pão
– a memória lhe traga de volta o seu nome
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