Lázaro, em soneto alexandrino
Bom dia. Hoje não é uma quinta qualquer,
Que estou a vivenciar o hoje, o agora.
Pois a espiritualidade cristã me aflora,
Para me tornar fraterno o quanto puder.
Que eu tenha, Senhor, muita sensibilidade,
A enxergar o excluído Lázaro ao meu lado.
E se a comida este mundo lhe tem negado,
Que eu me inflame pela sua dignidade.
Ah, Mestre, como se torna lindo este dia
Em que, arregaçando mangas então me sinto,
E saio às ruas, a acolher o irmão faminto.
Oro a que sua existência se torne decente:
Que a Lázaro não restem migalhas somente –
Vos suplico, Jesus. E à Vossa Mãe, Maria!
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