FAMILÍA REDENTORISTA – UM SÓ CORAÇÃO, MUITAS FORMAS DE SERVIR
UNESER COMUNICAÇÃO
Por: Pedro L. Dias
Talvez existisse algum tipo de “invisibilidade” dos ex-seminaristas redentoristas. Um silêncio prolongado, feito de lembranças não ditas e de caminhos tomados fora dos muros do seminário, que parecia afastar, mesmo que discretamente, aqueles que um dia vestiram o hábito da esperança. Talvez algum episódio não bem narrado, ou um tempo não devidamente compreendido, fosse um obstáculo invisível ao convívio com a antiga Casa de Formação educacional e vocacional. Como se a memória estivesse guardada apenas em retábulos internos, esperando ser redescoberta com novo olhar.
Mas o fato é que, dias antes da Semana Santa, uma conversa entre formadores e formados soprou novos ares sobre esses corações dispersos no tempo. Um reencontro simbólico e espiritual permitiu que antigos estudantes se reconhecessem não apenas como amigos de jornada, mas como parte viva e vibrante da grande Família Redentorista.
Assim como Jesus lavou os pés de seus discípulos na Quinta-feira Santa, sinal de humildade, serviço e comunhão, também esse gesto simbólico se repetiu no reencontro entre aqueles que formaram e os que foram formados. A memória se fez gesto, e o silêncio ganhou voz.
Na Sexta-feira da Paixão, contemplamos o aparente abandono e a dor de Cristo — e talvez ali também ressoe a dor daqueles que, em algum momento, sentiram-se desligados de sua origem espiritual. Mas no silêncio do Sábado Santo, nasce a esperança da ressurreição: o tempo da espera fecunda, da confiança sem sinais. Foi nesse tempo interior que muitos ex-seminaristas permaneceram, mesmo sem saber.
E, enfim, chega o Domingo da Ressurreição — não apenas como evento da fé cristã, mas como símbolo de renovação das relações, do acolhimento, do pertencimento. Aqueles que partiram, voltam agora com olhos maduros, trazendo nos passos a sabedoria da vida e no coração a chama que jamais se apagou. Eles não são mais os meninos de outrora — mas homens que continuam, de outra forma, anunciando a Redenção.
Porque a verdadeira vocação, como o amor de Cristo, não se perde: transforma-se.
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