Esse amor que vem do alto…
Chegou o tempo do Natal.
Andamos pelas ruas, vemos “papais noéis”, renas, enfeites de Natal que lembram a neve, o frio…. Para quem não acredita em Jesus, o Natal é apenas uma festa de confraternização. Os presépios estão sumindo. O comércio, não querendo perder clientes de outras religiões, elimina os presépios. E com isso tira-se a figura do aniversariante.
Perde-se o sentido da festa, esvazia-se a importância de recordar o maior momento da história da humanidade.
Iluminamos e enfeitamos a nossa casa e nossas ruas. Preparamos uma bela ceia e nos vestimos com nossas melhores roupas. Mas o fazemos mais por tradição e nos esquecemos que essa tradição vem da alegria da espera do novo convidado que chega. Na verdade, tudo isso é um simbolismo: a verdadeira preparação é no nosso interior. Na nossa vida.
A Igreja prepara 4 semanas de reflexão, preparando-nos para o Natal. É chamado o tempo do advento, não mais tempo de penitências, mas de alegre expectativa. O advento solicita os nossos corações para dispormo-nos a acolher a oferta que Deus, incansavelmente faz e fará a todo o homem que vier a existir. A cada ano novas pessoas nascem e novas pessoas sentem-se envolvidas com Jesus. A cada ano cada pessoa pode dizer pela primeira vez: “sim, eu quero fazer parte dessa história”. O que vivemos no advento não é a simples lembrança da vinda de Jesus, mas refletir sobre a nossa disposição a proposta de receber Deus.
Advento significa espera, mas também significa que a presença de Deus APENAS iniciou. Isto nos lembra que o cristão não olha somente o que já foi e o que aconteceu, como também ao que está por vir. Em meio a todos os problemas do mundo, tem a certeza de que a semente de luz segue crescendo oculta, até que um dia o bem triunfará definitivamente: no dia em que Cristo retorne.
No Natal celebramos o infinito amor de Deus por todos os homens: essa é a razão de nossa festa. É a festa do maior milagre da história da criação: o dia em que Deus se uniu intimamente com a nossa humanidade até querer compartilhá-la, fazendo-se homem e vivendo entre nós. Deus se fez homem para nos ensinar, para nos amar, para nos salvar. Esta festa relembra tudo isso. O Natal nos lembra que não somos apenas uma criação aleatória da natureza. Mas somos à vontade expressa e intencional de um Deus, criador do mundo. Não somos fruto de uma série de coincidências cósmicas. Somos os filhos amados e desejados do nosso criador. Fomos moldados no Seu barro: No nosso corpo carregamos as marcas de Suas mãos e as digitais de Seus dedos!
Com Jesus, Deus mostra ao mundo como é o verdadeiro homem e mostra Seu rosto ao mundo! Com Jesus, Deus nos oferece sua misericórdia, seu amparo, sua salvação, sua esperança.
No Natal festejamos o nascimento d’Aquele que nos ensinou a rezar: ”Pai Nosso…”. Que olha para trás quando alguém desesperado toca em seu manto (Cf. Lc 8,44). Que pergunta ao doente: “queres ficar curado?” (Cf. Jo 5,6). Que acode aquele que precisa de vida e lhe diz “levanta-te” (Cf. Lc 7,14), que estende a mão àquela que está sendo apedrejada e erguendo-a, perdoa-lhe os pecados (Cf. JO 8,10), que devolve a visão aquele que lhe pede…”Senhor, que eu veja!”, que olha para quem chora e cheio de compaixão diz: “não chores!” (Cf. Lc 7, 13), que nos olha profundamente nos olhos a cada dia e, tendo tanto a nos criticar, nos diz: “não tenham medo!” (Cf.JO 6,20).
Por isso festejamos o Natal: o nascimento d’Aquele que desde aquele dia, habita entre nós.
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Já imaginei a família reunida fazendo a leitura,q reflexão maravilhosa....Jesus sendo Jesus ... posso até avista-lo na multidão
Muito obrigado caro Professor Sérgio por esta bela reflexão sobre o Sagrado Natal. De fato, vemos os presépios sumindo em nome do politicamente correto com relação aos demais credos. Que possamos nos preparar nesse sagrado tempo do Advento, para podermos celebrar o amor infinito de Deus por cada um de nós. Que possamos em nossas casas, montar os nossos presépios e explicarmos aos mais novos o verdadeiro sentido do Santo Natal do Senhor.