Na manhã chuvosa que precedeu a queda, sofrida para nós, do tanque de água da casa de um grande amigo. que é participante assíduo da Confraria que se reúne às terças-feiras, à tarde na Capela anexa ao Plaza Shopping. Nesse dia molhado, celebrávamos o dia de Santo Antão.(251 – 356). Santo curioso, meio estranho, como poderia ter sido São João Batista. Ambos amantes dos desertos, como lugares isolados e sem água abundante, não como as copiosas chuvas amazônicas de janeiro que caem do céu, encharcam os telhados e correm avolumando os igarapés e causando danos.
O dano que hoje nos faz sofrer foi o desabamento do tanque da casa do Amigo sobre suas “filhas” amadas e cultivadas, fecundadas com muito carinho, em variáveis colorações, e cuidadas com ternura e conhecidas por todos nós. São as “ROSAS DO DESERTO”, como são conhecidas, embora o nome cientifico seja “adenium obesum”, nativa do deserto da África, que pode viver em solos áridos e florescer de forma encantadora com pouca água..
Anunciara meu amigo dando a notícia: “Boa noite. Um forte abraço. Hoje foi um dia chuvoso, isso não é surpresa nesse período, porém, a laje onde fica o tanque, la atrás quebrou e derrubou o tanque com 400 litros de água por cima das rosas do deserto e penso que umas 50 rosas do deserto foram quebradas e arrancadas, há muita terra no chão, só amanhã, espero que não esteja chovendo para eu fazer limpeza e tentar salvar as plantas. Deus há de me mostrar o caminho”.
Aqui, apresenta-se para nós a nossa espiritualidade, através duas perguntas, que passaremos a refletir, à luz da fé e do amor à Nossa Senhora como nossa ROSA DE MAIOR BELEZA.
1. Porque sentimos a dor da perda das rosas trucidadas pelo impacto do tanque que desabou sobre elas?
Por sermos uma comunidade orante, a empatia habita em nós como dom de Deus. Importamo-nos uns com os outros, em momentos de dificuldades, doenças e de sentimentos que nos abalam diante de valores de beleza da Criação, que Deus nos deu para cuidar e cultivar. Podemos dizer, também, que nos ocupamos com o crescimento do amor a Jesus que nos faz amigos de todos, sem distinção e nos envia para acolher os que passam em necessidade fora de nosso grupo.
A outra pergunta:
2. Como relacionamos com Santo Antão, o pai dos monges do deserto do Egito que se encharcou de Deus, num ambiente tão inóspito e solitário?
Conta-se que chegavam naquele lugar, quase um cemitério murado, onde parecia que a morte chegara para ficar Várias pessoas iam ali e perguntavam: “Onde está Antão?”. E lhes respondiam: “Ande por aí e veja a pessoa mais alegre, mais sorridente, mais espontânea; esse é Antão”.
Pois bem, a vida de comunidade nos alegra porque confiamos em Jesus, mais do que nas coisas que possuímos, porque nossa riqueza é Ele que vive no meio de nós e faz florescer como rosas dos bons hábitos que cultivamos em nós.
ESSA É A ESPIRITUALIDADE QUE NOS PÕE DIANTE DOS NECESSITADOS.
A beleza das rosas ou do Rosário que fazemos, cada terça feira, completa-se com o carinho a Maria, tornando cada Ave Maria, uma declaração incansável:
“NÓS TE AMAMOS, JESUS E MARIA, COMO A VOCÊS, MEUS IRMÃOS E MINHAS IRMÃS”.
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