Às terças feiras:
uma sim,outra não vou ao Mercado Municipal da Penha.
O Rocinante já sabe o caminho.
Hoje,enquanto ia,um apito ensurdecedor me seguia!
Assustado, parei o carro.
Desliguei.
O barulho continuava…
Procurei de onde vinha…
Um taxista vendo minha preocupação avisou me:
” são as cigarras nas árvores! São milhares!”
Lembrei da minha adolescência em Aparecida.
Todo ano esse”fenômeno” se repetia…
Depois, o solo ficava cheio de cascas…era o tempo da mudança…
Foram dois kilometros de barulho…
E que barulho…
Lembrei da malvadez de adolescentes:
Capturavamos algumas cigarras. Amarravamos um bilhete no corpo delas e as soltavamos…
No bilhete? O local de onde as soltavamos…
Pra que?
Pura sandice de moleque!
Hoje só ouvi a barulheira.
Não vi nenhuma cigarra.
Mas estão ali…
Procurei por formigas.
Lembrei da fábula de Esopo recontada por La Fontaine: enquanto a cigarra canta a formiga trabalha…
Mas no Brasil não virá o inverno…virá o verão…
Frutas e flores em abundância…
Uvas e vinhos…
Pastos abundantes…
E o homem pondo fogo em tudo…sem se preocupar com o amanhã…
Homem Cigarra…
E o governo de São Paulo privatizando escolas…
É o fim …
O lucro justifica os meios!
Boa tarde/ noite gente amiga querida.
A “febre do feno”me derrubou…a alergia à mudança pra primavera sempre me derruba…
Li isso nas obras de Cronin, curava se com xerez…será que posso substituir por conhaque?
Me ajudem os entendidos!
Boa e abençoada noite pra todos.
Que o Pai nos conduza!
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