Quarta feira da Décima Nona Semana do Tempo Comum. No dia de hoje a Igreja celebra a memória de São Maximiliano Maria Kolbe, O.F.M. Conv., presbítero e mártir. Nascido na Polônia, em 8 de janeiro de 1894. Ingressou no Seminário franciscano da Ordem dos Frades Menores Conventuais. aos treze anos de idade, seguindo sua vocação religiosa. Prisioneiro de guerra, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), morreu no Campo de Concentração de Auschwitz, Polônia, no dia 14 de agosto de 1941, aos 47 anos. Ofereceu-se livremente para substituir um pai de família prisioneiro, para morrer em seu lugar. Faleceu com uma injeção de ácido carbônico. Foi canonizado no dia 10 de outubro de 1982, na Basílica de São Pedro, pelo Papa João Paulo II.

Na data de hoje comemoramos também o Dia do Combate à Poluição. O objetivo primeiro desta importante data é alertar todas as esferas da população sobre o grave problema ambiental que estamos enfrentando, e buscar medidas para conter a degradação do nosso Planeta. Lembrando que a poluição é definida como a degradação física e química do meio ambiente. Aqui no Brasil, por exemplo, de acordo com a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, ela é considerada a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou indiretamente, prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar de toda a população. Diante deste quadro, é essencial que, para a saúde do planeta e das gerações futuras, tomemos medidas rápidas, se quisermos que as gerações futuras tenham uma qualidade de vida melhor.

“O ódio não é uma força criativa: é-o somente o amor”, assim afirmava São Maximiliano Kolbe. É assim também que o Evangelho de Mateus, escolhido pela liturgia para este dia, nos propõe refletir. Amor, prudência e justiça nas relações, quando nos propomos realizar na convivência com os irmãos a correção fraterna. “Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, à sós contigo!” (Mt 18,15). Todos erramos! Todos pecamos! Uns mais, outros menos! Errar é humano. Permanecer no erro é provar da nossa inconsequência. A correção fraterna é o exercício de aprender a perdoar, e entender que estamos sujeitos a estarmos na mesma situação/condição daqueles que hoje erraram. Somente um coração movido pelas coordenadas do amor é capaz distinguir o erro, da pessoa que o cometeu. “Errar é humano, mas também é humano perdoar. Perdoar é próprio de almas generosas”. (Platão)

Não tolerar o erro e nem normalizá-lo. Esta é a tarefa daqueles e daquelas que seguem as pegadas de Jesus. A mulher em julgamento, surpreendida em adultério é um exemplo clássico, de qual é a pedagogia libertadora de Jesus, diante daqueles que erram: “Quem de vocês não tiver pecado, atire nela a primeira pedra. Ouvindo isso, eles foram saindo um a um, começando pelos mais velhos”. (Jo 8, 7.9) Para Jesus, a pessoa humana está acima de tudo, inclusive da Lei. As pessoas não podem julgar e condenar, porque nenhuma delas está isenta de pecado. O próprio Jesus não veio para julgar ninguém, pois o Pai não quer a morte do pecador, e sim que ele se converta e viva. (cf. Ez 18,23.32)

“Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade”. (Sl 46 (45), 2) Deus é o Criador e Senhor da história, que está em aliança permanente com o seu povo, protegendo-o contra todas as forças do mal. Para a nossa convivência feliz e frutífera neste mundo, precisamos aprender a conviver com as pessoas, fortalecendo os laços de amizade e fraternidade, amando, perdoando, na busca por uma vida onde prevaleça a união em torno do objetivo comum: amar e ser amado. Quando um irmão, uma irmã peca, prejudicando o bem comum de todos, devemos agir com prudência e justiça, procurando corrigir aquele irmão, aquela irmã.

“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estou ali, no meio deles”. (Mt 18, 20) Reunidos em nome e no espírito de Jesus, fazemos parte da grande família de Deus, congregada em torno da pessoa do Mestre de Nazaré. Desta forma, temos o poder de incluir ou excluir as pessoas ao redor desta grande família de Deus. Nossa missão maior é incluir as pessoas. Engana-se quem pensa que sua missão consiste na exclusão do pecador, colocando a si mesmo como a pessoa mais importante que aquele pobre pecador. A missão de quem faz adesão ao projeto de Jesus é a de ir em busca da ovelha que se desgarrou: “Cuidado para não desprezar nenhum desses pequeninos, pois eu digo a vocês: os anjos deles no céu estão sempre na presença do meu Pai que está no céu. O Filho do Homem veio para salvar o que estava perdido”. (Mt 18,10-11). É motivo de grande alegria, quando quem errou é acolhido de volta, porque esta vontade do Pai foi cumprida.