QUARTA-FEIRA

Prof. Ms. Dr. Sérgio A. Ribaric’. Teólogo e palestrante.

A unção de Maria (Marcos 14:3-9)
Jesus aceita um jantar em Betânia, quando uma mulher, lhe derramou sobre a cabeça o precioso nardo de grande valor (João 12:3).

Quem foi esta mulher? Maria de Betânia? Pouco importa saber o nome, basta saber que o seu feito permanece até hoje.

Era a única de todos os discípulos que compreendia o anúncio de Jesus, três vezes repetido, a cerc ada Sua morte e ressurreição. Aquela mulher, assentada aos pés do Mestre em doce e íntima comunhão (Lucas 10:39), unge com um unguento aromático, nardo puro e muito caro, a cabeça de Jesus, o que levou alguns a murmurar.

Entre os murmuradores estava Judas, traidor, que preferia vender o precioso nardo para meter o dinheiro no bolso a ver um gesto nobre praticado com o Mestre (João 12:4-6). –

A traição de Judas (Marcos 14:10-11)

Nos anais da história não existe acontecimento mais trágico nem evento mais aterrador que o episódio da traição de Judas. As Escrituras Sagradas, de um modo simples, mas com palavras repletas de horrendo significado, diz que Judas foi “para o seu próprio lugar” (Atos 1:25). Saiu para fechar o negócio com os sacerdotes.

O motivo de Judas para trair Jesus foi, em parte, a avareza (Mateus 26:15). Basicamente, entretanto, o ato de Judas foi inspirado por Satanás (João12:6; 13:2, 27). O preço que estes concordaram pagar-lhe foi insignificante e vergonhoso (30 moedas de prata), justamente o preço de um escravo.

Preço vil para um homem vil. Isso, porém, nos indica como a avareza havia roído e carcomido todo o seu ser. A narrativa sobre a última semana de Jesus foi interrompida a partir de terça-feira à noite, até à tarde de quinta-feira. Quase 48 horas de silêncio! Que estava fazendo o Mestre durante este tempo? Sabe-se, apenas, que passou a quarta-feira em Betânia, com os discípulos, em casa de Lázaro, Marta e Maria. A quarta-feira da sua última semana mergulha, assim, num estranho silêncio!