TERÇA-FEIRA

Prof. Ms. Dr. Sergio Alejandro Ribaric’. Teólogo e palestrante.

O dia de terça-feira foi cheio de muitas atividades para Jesus

Acontecimentos

  1. a) Em Betânia foi ungido por Maria
  2. b) A figueira seca – Marcos 11:20-26

A figueira era uma hipócrita, pois dava sinais de ter fruto, mas era estéril e, por conseguinte, não merecia estar na terra (Lucas 13:6-9). O castigo que recebeu serviu para admoestar solenemente a todos, à nação judaica em primeiro lugar, e depois a cada indivíduo, que é necessário que sejamos sinceros e não hipócritas. Não corre perigo tanto ramo, sem fruto, na Igreja de Cristo? Quantas Igrejas têm apenas folhas? Enfeitadas de templos sumptuosos, de sermões eloquentes, de formalismo organizado, mas sem poder do Espírito Santo; ficam infrutíferas e sentenciadas a secar até às raízes.

  1. c) A oferta da viúva pobre- Marcos 12:41-44

No templo havia um gazofilácio com o propósito de receber as moedas que ali eram depositadas através de tubos de metal, em forma de trombeta, com pequenas fendas na extremidade visível. Havia lá 13 destes recipientes, cada um com inscrição designando o fim da oferta. O Senhor Jesus estava assentado, perto do gazofilácio, observando os que traziam ofertas para o tesouro. Uma pobre viúva deitou pouco, duas moedas apenas, as menores em uso, feitas de cobre, que valiam muito pouco, mas que eram tudo o quanto possuía. O Senhor Jesus disse que ela depositara mais do que todos os outros. Sua oferta havia sido dada com amor e sacrifício. Valia muito, em relação aos que, apenas, davam do que lhes sobrava. E é assim que Cristo nos vê quando damos as nossas ofertas, não a quantia, mas como o fazemos. Não nos esqueçamos, portanto, das palavras: “Cada um contribua segundo tiver proposto no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque   Deus   ama   ao   que dá com alegria” (II Coríntios9:7).

  1. c) A visita dos gregos- João 12:20-36

A petição dos gregos fez ressaltar na mente de Cristo o fato de que a hora já havia chegado, a hora por Ele esperada (23). Ele veio a fim de salvar a todos quantos cressem n’Ele. Era imprescindível que o Filho do homem vertesse Seu sangue precioso, porque somente assim aqueles que estavam separados poderiam ser aproximados pelo sangue de Cristo (Efésios 2:13). Jesus lhes diz que a salvação tanto é para os judeus como para os gregos. Fala-lhes da necessidade da Sua morte, como a necessidade de que o grão de trigo caísse na terra e morresse (28), para que todos possam nascer de novo para Ele.

A rejeição dos judeus- João 12:37-5

Estes versículos resumem o ministério público de Cristo e explicam as rejeições a Cristo, que são igualadas à rejeição do próprio Deus: Eles não creram: – apesar dos sinais (37)- porque estavam cegos de entendimento (40)- por causa da dureza de seus corações (40)- porque amavam mais os homens que a Deus (43)- continuavam em trevas apesar de terem a luz (46)- não guardavam as palavras embora as ouvissem (47)

Vai ao Monte das Oliveiras- Marcos 13:1-31

Jesus, aqui, responde a duas das três perguntas feitas pelos discípulos. Ele não responde sobre “quando sucederão estas coisas”.

Responde, sim, sobre:- Os sinais da sua vinda: o sol escurecerá e a lua não dará mais luz (24), as estrelas cairão e os poderes do céu serão abalados (25), todos verão a chegada do Senhor nas nuvens, com grande poder e glória (26), os anjos virão, tocarão suas trombetas e reunirão os escolhidos (27)- Fala sobre os sinais do fim dos tempos: muitos aparecerão dizendo que são o Cristo e enganarão a muitos (5-6), haverá guerras e rumores de guerras (7), lutarão nação contra nação, reino contra reino, haverá fome e terremotos ( 8 ), haverá tribulação, morte, ódio, por causa do Seu nome (9,13), muitos se escandalizarão, trair-se-ão, se odiarão uns aos outros, levantar-se-ão falsos profetas (22), a iniquidade aumentará, o amor de muitos esfriará, mas o que  vigiar  e  perseverar  até  ao fim será salvo (35-37).- Fala sobre as boas notícias que serão proclamadas: o Evangelho será pregado em todo o mundo, antes do fim (14).

Controvérsias no templo

 Quanto à autoridade de Jesus- Marcos 11:27-33

Os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos perguntaram-lhe: “Com que autoridade fazes estas coisas? ”. Ele responde-lhes, dizendo que era a vontade do Pai! Qualquer que fosse a sua resposta, ela os condenaria (30). –

Quanto ao tributo a César- Marcos 12:13-17

Alguns fariseus queriam apanhar Jesus em falta. Questionaram-no sobre o tributo do censo que era imposto por Roma a todos os judeus. A sua dúvida era: se Deus entregara a terra de Israel aos hebreus, e desejava que vivessem ali, se recebia seus sacrifícios e ofertas com reconhecimento do relacionamento entre Ele e os judeus, como poderiam eles pagar tributo a qualquer outro poder, rei, deus ou pessoa? Se Cristo dissesse que deviam pagar, seus opositores poderiam acusá-lo de deslealdade para com o judaísmo; caso dissesse que não, poderiam denunciá-lo aos romanos.

Cristo reconheceu a distinção entre responsabilidades políticas e espirituais. A César cabia impostos e toda a obediência política e justa; a Deus cabiam a adoração, a obediência, o serviço e a dedicação de toda a vida do indivíduo. –

Quanto à ressurreição- Marcos 12:18-27

Os fariseus tinham fracassado, mas os saduceus, que não criam na ressurreição (Atos 23:8), aproximaram-se de Jesus com uma pergunta que estavam certos ser-Lhe-ia difícil responder. Seu propósito era desacreditar o Senhor. A resposta do Senhor foi clara e categórica: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mateus 22:29). A ressurreição depende absolutamente do poder de Deus; o conhecimento da ressurreição vem das Escrituras divinamente inspiradas. Em seguida Ele declarou o estado dos que haverão de ressuscitar, e citou como prova o fato que Deus é Deus dos vivos e não dos mortos (Mateus 22:32). –

Quanto ao maior dos mandamentos- Marcos 12:28-34

A terceira pergunta, proposta ao Senhor, estando Ele ainda no Templo, foi formulada novamente pelos fariseus. Estes enviaram um dos seus, que era intérprete da lei (Mateus 22:35), a fim de provar e tentar a Jesus. Como sempre, Cristo respondeu não apenas à pergunta “qual o primeiro de todos os mandamentos”, mas também acrescentou o necessário para que a Sua resposta fosse didática, Citando Moisés, respondeu à pergunta, dizendo que é mister amar a Deus com tudo o que somos (Mateus 27:37; Deuteronômio 6:4-5). Em seguida, apelando para outro livro de Moisés, citou o segundo mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Marcos 12:31; levítico 19:18). –

Quanto à Sua divindade- Marcos 12:35-37

Os inimigos de Jesus tentaram confundi-lo sobre três questões: as obrigações políticas e civis, acerca das leis da natureza e do material, e do reino moral e ético. Agora, é Jesus que lhes faz uma pergunta na esfera da filosofia e da religião: “Como dizem os escribas que o Cristo é o Filho de Davi? ” Cristo estava tentando fazer com que os fariseus vissem que o Filho de Davi era também o Senhor de Davi (Salmo 110:1). O Messias era ao mesmo tempo descendente de Davi e seu divino Senhor.

Sermão profético no Monte das Oliveiras

Sinais da destruição de Jerusalém- Marcos 13:1-23

Há uma dupla perspectiva na resposta de Cristo: alguns dos eventos descritos seriam cumpridos na destruição de Jerusalém em 70 A.D. e alguns ainda serão cumpridos durante os dias da Tribulação que precederá a Sua segunda vinda. –

Parábola das Dez Virgens- Mateus 25:1-13

A vinda do Senhor será, para os crentes cheios do Espírito, uma ocasião de grande regozijo; é comparada a um banquete de casamento. A coroa da justiça está guardada para “todos quantos amam a Sua vinda” (II Timóteo 4:8). Mas para muitos será um tempo de desengano, de julgamento e de desespero. –

Parábola dos talentos- Mateus 25:14-30

O contraste aqui é entre os que usam os dons recebidos de Deus e aqueles que os não usam. –

Jesus fala sobre o Juízo final- Mateus 25:31-46

Há uma relação íntima entre a parábola das dez virgens e a dos cinco talentos: Aquela representa as virgens esperando o Senhor; esta, os servos trabalhando para o Senhor. Aquela previne contra a falta do Espírito em nossa vida; Esta, contra o descuido em nosso serviço. A primeira parábola acentua a importância de guardar o coração com a maior diligência; a segunda, a necessidade de servir com toda a diligência. A primeira trata da espiritualidade; a segunda de serviço.