Sexta feira da Terceira Semana do Tempo Comum. E não é que janeiro se despede de nós, sextando! Para os mais devotos, a sexta feira é dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Esta Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, é uma das celebrações do calendário litúrgico da Igreja Católica. Tudo começou na sexta-feira seguinte ao Segundo Domingo após o Pentecostes. A intenção da Igreja é dar ênfase a amorosidade infinita de Deus acontecendo na pessoa de Jesus, se fazendo presente na história da humanidade, onde o divino e o humano se fundindo em entrega e doação total, mostrando assim a misericórdia e compaixão infinita de Deus pelos seus. Coube ao o Papa Pio IX, em 1856, estabelecer oficialmente a Festa do Sagrado Coração de Jesus para toda a Igreja.
Coração de Jesus que se fez presente em um de seus grandes seguidores. No dia de hoje, a liturgia nos traz a memória de São João Bosco, presbítero. João Bosco nasceu em 16 de agosto de 1815 em uma família de camponeses. Embora nascido no seio de uma família pobre, o menino era dotado de grande inteligência. Desde muito cedo, teve um zelo muito grande para com as crianças de rua, pobres ou sem educação. Em 5 de junho de 1841, foi ordenado sacerdote, na Capela do Arcebispado de Turim. No dia 18 de dezembro de 1859, Dom Bosco e um grupo de 17 jovens se reuniram em Turim, Itália, para oficializar a fundação da Congregação Salesiana. O Papa Pio XI beatificou Dom Bosco em 1929 e o canonizou em 1934. Posteriormente, João Paulo II, por ocasião do centenário da sua morte, o declarou “pai e mestre da juventude”.
No dia de São João Bosco, nós daqui da Prelazia de São Félix do Araguaia, não há como não nos lembrarmos de João Bosco Penido Burnier, S.J. João foi um sacerdote jesuíta brasileiro que dedicou vários anos de sua vida à Igreja até ser morto por agentes da ditadura militar. No ano de sua morte, desempenhava a função de coordenador regional do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Tanto que, o Estado Brasileiro reconheceu, com 33 anos de atraso, que este sacerdote jesuíta, assassinado por um policial, foi vítima de um crime político. O padre Joao foi baleado na nuca por um policial no dia 11 de outubro de 1976, quando defendia duas mulheres que eram torturadas em uma delegacia, na cidade de Ribeirão Cascalheira (MT), em plena ditadura militar (1964-1985). Padre Burnier estava na delegacia ao lado de nosso bispo Pedro, testemunha ocular de mais um mártir da caminhada de nossa Igreja. Lá se vão 49 anos deste martírio. Padre João Bosco Penido Burnier, presente na caminhada!
Presentes na caminhada estão todos aqueles e aquelas que escolheram caminhar, fazendo a sua adesão ao projeto libertador de Jesus de Nazaré. Entrar no barco com Jesus tem que estar disposto e disposta a lutar pelas causas do Reino e ser semeador/a de esperança, como o texto do evangelho de hoje de Marcos sugere, com as palavras ditas pelo próprio Jesus: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece”. (Mc 4,26-27) Confiança total de que a semeadura depende da ação de quem semeia, mas a eficácia do germinar da semente depende exclusivamente da ação do Criador. É Deus mesmo que faz acontecer o processo até a efetivação do fruto.
Jesus é o porta-voz do Reino de Deus! Sua missão primordial é anunciar a vinda definitiva do Reino de Deus para o meio de nós. Ao anunciar o Reino, as transformações começam a acontecer na historia da humanidade. Iniciado o processo, a ação de Jesus cresce e produz os frutos de maneira necessariamente imprevisível. A chegada do Reino de Deus provoca mudanças que não são desejadas por aqueles que detêm o poder e manipulam as consciências. Tanto que, diante das estruturas e ações deste mundo, a atividade de Jesus e daqueles que o seguem, parecem impotentes e sem sentido, mas ela crescerá, até atingir o mundo inteiro. Diante deste contexto, faz sentido a frase dita pelo Padre Júlio Renato Lancellotti: “Eu não luto pra vencer. Sei que vou perder. Luto pra ser fiel até o fim”. Fidelidade de semear sempre.
“Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelastes aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado!” (Mt 11,25-26) São os pequeninos que mais acolhem a presença de Jesus no meio deles. Não porque são melhores que os demais, mas porque estão mais abertos ao projeto de Deus revelado por Jesus. Eles entendem que, com sua palavra e ação, Jesus revela a vontade do Pai, que é instaurar o Reino. Os que se acham sábios e inteligentes, não são capazes de perceber a presença do Reino e sua justiça através de Jesus. Ao contrário, os desfavorecidos e os pobres é que conseguem penetrar o sentido mais profundo dessa atividade de Jesus e continuá-la. Como semeador de Deus, Jesus veio tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes, criaram para o povo. Em troca, Ele traz um novo modo de viver na justiça e na misericórdia. Jesus, confiante na ação de semeadores deles, sabe que dali em diante, os pobres serão evangelizados e partirão para evangelizar, produzindo os frutos desejados do Reino.
O primeiro encontro aconteceu no ano de 2017, após 39 anos sem nos vermos presencialmente.…
Quinta feira da Terceira Semana do Tempo Comum. Estamos a um passo de fechar o…
Eu já contei pra vocês: segunda feira fiz 78 anos! Minha "cabeça " ainda não…
Quarta feira da Terceira Semana do Tempo Comum. Três dias apenas nos separam do mês…
Ontem foi dia do meu aniversario! Recebi as filhas e genros e netos . Amigos…