Segunda feira da 24ª Semana do Tempo Comum. Entramos na segunda quinzena do mês da Bíblia. Neste 260º dia, a poucos dias da estação das flores, estamos no aguardo das chuvas, que já se fazem presentes em outras regiões longe daqui. Esse líquido precioso que desce do céu faz um bem danado a todos nós, além do que, possibilita-nos um ar mais respirável sem esta fumaça que nos rodeiam. Em meio ao caos que se transformou o nosso planeta, é preciso esperançar de que viveremos dias melhores, se trabalharmos com este intuito. Se quisermos ar melhor para respirar, plantemos árvores e não destruamos as que já estão aí.
Segunda de festa para a Igreja Católica. No dia de hoje, celebramos a memória dos santos mártires, Cornélio e Cipriano. O primeiro foi Papa; o segundo, Bispo. Cornélio, cidadão romano, foi eleito Papa em 251. Foi duramente perseguido, exilado e preso em Civitavecchia, onde faleceu em 253, sendo sepultado nas catacumbas de São Calisto, em Roma. Já o Bispo Cipriano, nasceu em Cartago, no ano 210. Era um hábil intelectual e mestre da retórica, exercendo a profissão de advogado. Converteu ao Cristianismo em 246. Foi ordenado sacerdote e consagrado Bispo de sua cidade natal, Cartago. Uma das frases ditas por este último, nos ajuda a viver melhor nos dias de hoje: “A unidade abole a divisão, mas respeita as diferenças”.
Iniciamos a semana, pensado e refletindo sobre o cuidado que devemos ter com a nossa Casa Comum. No dia 16 de setembro, comemoramos o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio. Essa data foi escolhida pela Assembleia Geral das Nações Unidas, para marcar o dia da assinatura do Protocolo de Montreal, firmado em 1987. Esse protocolo foi importante para a proteção desta camada, uma vez que reduziu a produção e o consumo de produtos que causam seu desgaste. Para quem não se lembra, a camada de ozônio, protege os seres vivos dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta. Sem essa camada, localizada a 25 e 30 km acima da superfície (estratosfera), a vida no nosso planeta não existiria. Infelizmente, substâncias produzidas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio.
Como setembro é o mês da Bíblia, e temos o desafio de estudar mais atentamente o profeta Ezequiel, iniciamos a semana com uma de suas citações: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e, em troca, darei um coração de carne”. (Ez 36,26) Como estamos carentes deste novo coração, para que tenhamos relações de maior amorosidade entre nós, e não sejamos dominados pelo ódio voraz, e pela indiferença intransigente! O coração novo é o coração de Deus. No centro da ação de Deus está o dom de uma nova consciência (coração de carne) inspirada pelo próprio Deus (espírito novo), para que possamos assim compreender melhor o seu projeto e colocar em prática a sua palavra.
Palavra de Deus, que sai da boca de Jesus. Palavra de fé, que sai do coração de um oficial (centurião) romano pagão. E Jesus fica admirado ao ver tamanha fé, vinda do coração daquele homem. Temente a Deus, aquele oficial era simpatizante do judaísmo, embora não pertencesse oficialmente aos seus quadros religiosos. Uma fé baseada na humildade e na confiança, tornando-o aberto ao dom que está para receber de Jesus. Aquele homem está pronto e preparado para ser incluso no grupo de Jesus que é composto de pessoas das mais variadas origens étnicas e sociais. “Fora da Igreja, há salvação”. Graças a Deus!
“Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. (Lc 7,9) Esta foi a reação de Jesus diante daquela manifestação de uma fé verdadeira. Muitas vezes podemos encontrar mais fé em pessoas que não pertencem a uma instituição religiosa do que entre aquelas que dela fazem parte e se gabam de ser mais fervorosas que estas. A fé, quando vivida em sua intensidade e confiança total, transforma vidas. Liberta as pessoas e as fazem construtoras de novas realidades libertadoras. É pela fé que temos que vamos construindo o nosso ser neste mundo. Nada e nem ninguém, nos impedirá de alçar novos voos, quando o nosso coração estiver preenchido pela fé no Deus da vida. Como já dizia São Francisco de Sales: “Não espere com medo as mudanças na vida; em vez disso, olhe para elas com plena esperança de que, à medida que surgem, Deus, a quem você pertence, irá guiá-lo com segurança por todas as coisas; e quando você não aguentar, Deus o carregará em Seus braços”.
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